quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A sabedoria dos homens é proporcional não à sua experiência mas à sua capacidade de adquirir experiência. "George Bernard Shaw"



Já passaram dois anos desde que não coloco um artigo sobre Recursos Humanos neste blog, mas,existe uma explicação muito simples pelo meu desaparecimento.  Como qualquer licenciado em Portugal fui para fora a procura de novas oportunidades, no meu caso particular não foi só a procura de um trabalho mas fui a procura de um enriquecimento maior seja profissional como pessoal, e a verdade e que toda a experiência adquirida me tem fortalecido em vários sentidos inclusive do modo de ver o mundo com outros olhos.

Particularmente à minha área de estudo tem sido “a fascinante” o modo como os Recursos Humanos são visto fora da nossa Nação. Pela minha presença em França por um período de um ano o modo como é feito os Recursos Humanos foi incrédula, baseado na minha experiência o recrutamento e baseado não na leitura de um Curriculum Vitae mas na experiência dita pelas  próprias palavras da pessoa entrevistada. Aqui a questão colocada é ; “O que é que você sabe fazer?” Qual e a sua experiência!!!

No meu ponto de vista esta questão inicial deixa uma certa a vontade perante o entrevistado sendo que não tem a pressão do que vai dizer se será ou não equivalente ao que está escrito no seu CV. Por outro lado o entrevistador vai basear-se nas suas palavras e na sua credibilidade o que mais tarde se poderá comprovar a sua veracidade...ou não!. Até que ponto existe um jogo estratégico aqui??? Em relação a própria Gestão, bem esta ficou aquém das minhas expectativas, esperava um pouco mais de intensidade dos potenciais, na Gestão das competências, na própria organização de pessoal e provavelmente esperava talvez mais uma proximidade entre Gestão e colaboradores. Mas evidentemente neste campo como qualquer outro tem sempre dois lados da balança.

Depois de esta experiência em Paris a minha visão de Recursos Humanos se foi transformando, poderei dizer que ficou mais ampla e com mais abertura para entender diferentes tipos de visão. Impressionada??? Talvez... mas acima de tudo curiosa por saber mais, afinal de contas cada país tem a sua Gestão!

Próxima passagem... Inglaterra. Vivo agora em Londres e já conto com 3 anos e meio. Ah!!! Um Mundo bem diferente daquele visto “prima”!!! Aqui exerci a profissão de Gestora de Recursos Humanos, quem diria que seria aqui que daria os primeiros passos de bebé nesta área. Numa língua diferente, com leis diferentes não tanto romanas, e com uma visão bem diferente da matéria dada na faculdade. Aqui aprendi que, as vezes é mais importante aquilo que um professor diz baseado na sua experiência, do que aquilo que a pessoa tanto estuda em livros, e foi precisamente aqui que fiz a minha reciclagem de disciplinas ao longo de 4 anos de um curso, se e que me faço entender!

Gestão de recursos humanos em Inglaterra baseada na minha experiência. Não existe cá a expressão “O Gestor de Recursos Humanos  é a ligação entre a base e o topo”. Bela esta frase, sempre pensei que fosse a nossa filosofia, mas não, não a pude utilizar. Sim existe a ligação entre as ordens de um topo que devem ser claramente transferidas para a base. Não tenho nenhuma crítica especifica no meu papel, certo que aquilo que mais custou foi ser inútil no meu papel ou na consonância da filosofia. Por mais que tivesse tentado mudar a mentalidade... ordens são sempre ordens.  Portanto tive que conviver apenas seguindo as regras, tudo o resto foi feito de uma forma que eu considero senso comum, ou psicologia invertida!!!!!!  A parte disso baseado também na minha experiência existe algumas regras base. 

Primeiro um CV nunca deve ter mais de duas páginas, e duas páginas já tem que ser uma extrema excepção, uma página só, é o suficiente para o que chamamos de essencial!

Segunda regra não existe CV Europeus. Existe um CV feito com criatividade e imaginação e que tenha focado os pontos importantes que será nada mais nada menos que a introdução do candidato, ou aquilo que eles chamam aqui “Professional Profile”, seguindo das mais importantes chaves do candidato “Key Skills”. Aqui fechamos o CV de um candidato, e para dizer a verdade facilita e muito, quando me deparava com um monte de CV nas mãos com tempo contado por minutos aqueles de uma página facilitava entanto o meu trabalho e a poupança de horas.

Regra numero três:  Aquilo que a empresa ganha com as tuas capacidades. Neste ponto daria um conselho, ser o mais honesto possível numa entrevista. Valoriza- se aquilo que de melhor se faz, não aquilo que poderia fazer de melhor. Portanto explicar de uma forma breve o que eu sei fazer ou o que de melhor sabe é meio caminho andado.

Regra numero quatro: Team Work. A Inglaterra é um país que recebe e tem muitas pessoas de uma grande diversidade de culturas, por isso o país que nos acolhe faz questão de mencionar que somos diferentes e somos iguais devemos respeitar e ter uma boa relação entre os membros de uma equipa. Por isso meus caros leitores esta e a palavra chave em tudo.....TEAM WORK!

Quinta e a mais importante regra: Aqui há uma importância muito grande em relação as referências. Por mais que um candidato seja extremamente potencial e essencial, tem sempre que passar pela base das referências. Aquele telefonema trás sempre dois lado... Estás contratado, ou desejo-lhe boa sorte. Quando iniciei esta função não conseguia entender o porquê das referenciais para tudo que é profissão, não entendia porque teria que ligar para pessoas que trabalharam directamente com o candidato, até porque ainda hoje coloco em duvida coloco a veracidade das referências. Qualquer um poderá dar um nome de um amigo ou familiar??? Certo ?? Até que ponto e viável???? Mas não sei se é paranóia ou simplesmente desejam ser diferentes... o que é certo é que é, o ponto mais importante na área do Recrutamento.

Poderia escrever páginas e mais páginas baseada em conhecimento e experiência pessoal, até porque cada vez mais a visão de Gestão de Recursos Humanos está mais enriquecera, mas se o fizesse este blog deixaria de ser de artigos e passaria a ser um diário. De todo, não é o que eu pretendo. Por isso aqueles que tiveram a paciência de uns minutos presos à leitura de este artigo um muito Obrigada pela sua atenção para os mesmos e os restantes um pedido de desculpas pelos dois anos de atraso.

Muito em breve virão artigos frescos e visionários que será aquilo que pretendo.

Obrigada pela sua atenção


Fonte: Paula Moreira e a sua experiência como Gestora.